“Em romaria canta bendito, faz a memória do sangue dos companheiros. Anima a luta, lança projetos para acabar com o latifúndio brasileiro”.
Na tarde do dia 17 de agosto de 2013, na cidade de Sobral, terra de Pe. Ibiapina, começaram a chegar caravanas de romeiros e romeiras de todo o Ceará. Era uma diversidade de cores, gestos, cantos, danças, pessoas se encontrando, abraçando, puxando cirandas e fazendo aquela animação romeira. Com suas faixas, bandeiras, cartazes os presentes anunciavam o motivo de estarem na Romaria da Terra: celebrar a vida, a fé, as conquistas, mas também denunciar as situações de injustiça e morte impostas sobre nossas comunidades.
Eram cerca de 15 mil homens e mulheres, do campo e da cidade, proclamando: Terra, Água, Comunhão: Bem Viver em nosso chão!
A Romaria da Terra continua sendo um dos eventos no Ceará que, além de reunir um número expressivo de pessoas, consegue congregar as mais diversas lutas por direitos em todo o Estado. É organizada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e, nesta 16ª Romaria, juntamente com a Diocese de Sobral. Da chegada dos romeiros e romeiras à celebração final, a alegria tomava conta da multidão. Os cantos da caminhada faziam memória dos mártires, especialmente Benedito Tonho e lembravam a necessidade de uma Igreja libertadora, comprometida radicalmente com os pobres.
Os mais diversos gritos do povo ecoaram em todos os espaços da romaria, alguns de afirmação e outros de negação. Romeiros e romeiras afirmaram:
A Reforma Agrária e regularização fundiária;
Exigiram medidas estruturantes diante da seca, com verdadeira política hídrica que favoreça inicialmente o abastecimento humano e animal;
Exigiram respeito aos nossos territórios e a imediata demarcação de terras indígenas, quilombolas e pesqueiras;
Reafirmaram o nosso compromisso com a convivência com o semiárido e suas tecnologias sociais;
Exigiram um basta ao extermínio de jovens
A Romaria da Terra continua sendo um dos eventos no Ceará que, além de reunir um número expressivo de pessoas, consegue congregar as mais diversas lutas por direitos em todo o Estado. É organizada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e, nesta 16ª Romaria, juntamente com a Diocese de Sobral. Da chegada dos romeiros e romeiras à celebração final, a alegria tomava conta da multidão. Os cantos da caminhada faziam memória dos mártires, especialmente Benedito Tonho e lembravam a necessidade de uma Igreja libertadora, comprometida radicalmente com os pobres.
Os mais diversos gritos do povo ecoaram em todos os espaços da romaria, alguns de afirmação e outros de negação. Romeiros e romeiras afirmaram:
A Reforma Agrária e regularização fundiária;
Exigiram medidas estruturantes diante da seca, com verdadeira política hídrica que favoreça inicialmente o abastecimento humano e animal;
Exigiram respeito aos nossos territórios e a imediata demarcação de terras indígenas, quilombolas e pesqueiras;
Reafirmaram o nosso compromisso com a convivência com o semiárido e suas tecnologias sociais;
Exigiram um basta ao extermínio de jovens
Também negaram:
A anti Reforma Agrária empreendida pelo governo, que expulsa camponeses de suas terras e as destinam a empresas capitalistas de morte;
As ações de combate à seca, paliativas, sem planejamento;
As obras do PAC, que apenas têm gerado impactos negativos sobre os territórios, danos ambientais e superfaturamento;
Às empresas do agro e hidronegócio, envenenando pessoas e a natureza;
Às minerações e parques eólicos, expulsando comunidades inteiras e destruindo o meio ambiente;
As cisternas de plástico, com seus impactos para a saúde, o meio ambiente e o custo redobrado;
As infraestruturas para a Copa do Mundo, a destruição do Parque do Cocó e o Aquário, causando diversos prejuízos em Fortaleza;
A especulação imobiliária e seu avanço sobre populações pobres;
As políticas decididas em gabinetes, sem a participação popular.
A anti Reforma Agrária empreendida pelo governo, que expulsa camponeses de suas terras e as destinam a empresas capitalistas de morte;
As ações de combate à seca, paliativas, sem planejamento;
As obras do PAC, que apenas têm gerado impactos negativos sobre os territórios, danos ambientais e superfaturamento;
Às empresas do agro e hidronegócio, envenenando pessoas e a natureza;
Às minerações e parques eólicos, expulsando comunidades inteiras e destruindo o meio ambiente;
As cisternas de plástico, com seus impactos para a saúde, o meio ambiente e o custo redobrado;
As infraestruturas para a Copa do Mundo, a destruição do Parque do Cocó e o Aquário, causando diversos prejuízos em Fortaleza;
A especulação imobiliária e seu avanço sobre populações pobres;
As políticas decididas em gabinetes, sem a participação popular.
A grande caminhada romeira foi acompanhada por moradores de Sobral, que viam uma Igreja indo às ruas, levantando a voz, unindo fé e vida. A participação de pastorais e organismos do campo, sindicatos, movimentos sociais, fóruns e articulações fortaleceram os gritos.
No estádio municipal, artistas da terra puderam cantar, dançar, proclamar poesias e cordéis que retratam a vida dos camponeses e camponesas, suas conquistas e suas lutas. É uma forma de fortalecer a cultura regional e valorizar os talentos que nascem no seio do povo e aí permanecem. Nessa oportunidade, pastorais, movimentos sociais e articulações puderam apresentar suas reivindicações.
A Romaria foi encerrada com a celebração eucarística preparada por todas as dioceses do Regional. A preocupação com uma liturgia inculturada na realidade nordestina fez com que os romeiros e romeiras celebrassem com mais ânimo, vendo que a oração não se distanciava de suas vidas. Destacamos a presença de um expressivo número de bispos, padres, religiosos e religiosas do Regional Nordeste 1 da CNBB.
Muitas pessoas, de todo o Ceará, trabalharam para fazer acontecer a 16ª Romaria da Terra. A Diocese de Sobral, de maneira especial, dedicou tempo, articulou e liberou pessoas para que tudo pudesse acontecer da melhor maneira possível. Várias equipes foram constituídas e muitos parceiros colaboraram. Dessa maneira, a CPT do Ceará agradece imensamente a todos e todas que colaboraram, sabendo que o apoio, desde o menor ao maior, foi fundamental para o êxito da Romaria. Que nas terras do Ceará possam frutificar ainda mais frutos de justiça e de paz, no campo e na cidade.
No estádio municipal, artistas da terra puderam cantar, dançar, proclamar poesias e cordéis que retratam a vida dos camponeses e camponesas, suas conquistas e suas lutas. É uma forma de fortalecer a cultura regional e valorizar os talentos que nascem no seio do povo e aí permanecem. Nessa oportunidade, pastorais, movimentos sociais e articulações puderam apresentar suas reivindicações.
A Romaria foi encerrada com a celebração eucarística preparada por todas as dioceses do Regional. A preocupação com uma liturgia inculturada na realidade nordestina fez com que os romeiros e romeiras celebrassem com mais ânimo, vendo que a oração não se distanciava de suas vidas. Destacamos a presença de um expressivo número de bispos, padres, religiosos e religiosas do Regional Nordeste 1 da CNBB.
Muitas pessoas, de todo o Ceará, trabalharam para fazer acontecer a 16ª Romaria da Terra. A Diocese de Sobral, de maneira especial, dedicou tempo, articulou e liberou pessoas para que tudo pudesse acontecer da melhor maneira possível. Várias equipes foram constituídas e muitos parceiros colaboraram. Dessa maneira, a CPT do Ceará agradece imensamente a todos e todas que colaboraram, sabendo que o apoio, desde o menor ao maior, foi fundamental para o êxito da Romaria. Que nas terras do Ceará possam frutificar ainda mais frutos de justiça e de paz, no campo e na cidade.
Thiago Valentim
e Ir. Ilza Franca
e Ir. Ilza Franca
Fonte: diocese de Sobral
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